Não quero moedas verdes,
já sei qual foi o dia de meu casamento.
O de minha morte,
não sou Idi Amin para querer saber.
Não quero convites para o Novo,
não preciso de alongar meu pênis,
não me interessa comprar pílulas azuis
e nem retirar, sem pagar a dívida,
o meu nome do SPC.
Eu quero é paz de espírito
— ah, se vendessem isso a quilo!
Eu quero saber apenas o que todo mundo sabe,
mas que EU ainda não sei.
Gosto de coisas antigas:
nesse mundo em que nasce tanta novidade todo dia,
é mais significativo do que nunca
gostar das velharias.
Tenho até uma máquina de escrever, gosto de seu som,
e qualquer dia começo a escanear páginas datilografadas
para blogar.
Meu pênis e minha alma têm o tamanho necessário,
as pílulas de que preciso são apenas vitaminas
e estou quite com a vida.
Eu quero é paz de espírito
— ah, se vendessem isso a quilo!
Sim, ele queria. Ele acreditava que sabia.
“Tenho até uma máquina de escrever, gosto de seu som,
e qualquer dia começo a escanear páginas datilografadas
para blogar.”
Vai usar OCR?
“O de minha morte,
não sou Idi Amin para querer saber.”
Idi Amin queria saber?