E disse Freud à multidão de seus discípulos:
— Não percebeis que o hábito de fumar é uma sublimação? O homem que fuma nada mais faz do que compensar sua libido adulta por uma frustração sofrida durante a fase oral de seu desenvolvimento psíquico! A personalidade do adulto é influenciada pelo que viveu enquanto menino.
Um fariseu junguiano infiltrado entre os discípulos o interpelou:
— Mestre, o senhor fuma! Sofrestes também uma frustração em vossa fase oral de desenvolvimento?
E disse Freud a esse fariseu:
— Raça de víboras! Por que procurais pelo em ovo? Muitas vezes um charuto é apenas um charuto.
E assim dispersou a multidão e recolheu-se para mamar, digo, fumar, até morrer de câncer, sem deixar ninguém ver seu cobertorzinho que ainda tinha o cheirinho de sua yiddish mamma.
EU JÁ OUVI UMA HISTÓRIA DIFERENTE DESTA CONTADA SOBRE FREUD E SEU CHARUTO
Dizem que certa vez Sigmund Freud estava dando uma de suas palestras que, ao final, ele dedicava um tempo para que as pessoas da assistência lhe fizessem perguntas referentes à interpretação de sonhos, atos, etc. Uma das pessoas, um homem jovem, relatou um caso e pediu a Freud que lhe desse a interpretação do ocorrido, o famoso psicanalista, então, lhe deu uma resposta contendo uma interpretação fálica sugestiva de homossexualidade latente (como ele sempre fazia), o que desagradou e constrangeu muito o rapaz. Diante disso, ele pediu uma outra interpretação a Freud: – ” e esse charutão que o senhor sempre está com ele na boca, o que significa?” Freud calmamente tirou seu enorme charuto da boca, levou-o para cima do cinzeiro, deu uns toques com o indicador para tirar as cinzas e respondeu: “meu amigo, às vezes um charuto é apenas um charuto.”