- Admita que se tornou um viciado tecnológico e que este vício o está destruindo.
- Acredite que é possível encontrar a salvação. Para inspirar-se, abra uma janela, exponha seus olhos à luz brilhante que há no mundo lá fora, bem devagar para que o sol não queime suas retinas acostumadas a trevas e luz artificial. Depois de alguns dias seus olhos terão aliviado os sintomas da síndrome de abstinência de radiação eletromagnética do monitor e poderão suportar a luz do sol melhor, ponha óculos escuros e dê uma volta no parque durante o dia. De preferência vá sem usar pesadas roupas pretas.
- Experimente atividades construtivas ou recreativas que não envolvam o computador: jogar paciência com um baralho, brinque com seus filhos (se os tiver) ou dê um passeio de bicicleta (sem levar tablet nem notebook), dar milho aos pombos, tomar cerveja num boteco.
- Procure dentro de si mesmo os pensamos que levam à conexão indefinida. Resista à tentação de blogar o que viu no passeio ou de filmar alguma cena curiosa para postar no YouTube. Permita que algumas coisas sejam registradas apenas em sua memória.
- Procure resolver as suas deficiências sem recorrer a metáforas tecnológicas. Não existe um Google para achar o que você perdeu. Não há como exibir cartões com emoticons enquanto fala. Organize seus pertences e treine expressões faciais correspondentes aos sentimentos que deseja transmitir. Encontre autonomamente soluções para os problemas de seu dia-a-dia, sem pesquisar sobre isso na Internet.
- Fique aberto a novas experiências não tecnológicas. Não rejeite tecnologias apenas por serem «antiquadas» e não cultive a obsessão pelo «novo». Leia um livro de papel. De preferência um que tenha sido publicado há mais de vinte anos e NÃO seja sobre informática. Visite um ponto turístico em vez de fazer download de fotos dele. Tente chegar lá sem usar o Google Maps.
- Procure aquele amigo de infância com quem você não fala há anos porque, embora saiba onde ele mora, perdeu seu endereço eletrônico. Convide-o para tomar uma cerveja no boteco da esquina enquanto assistem a uma partida de futebol em vez de jogarem Winning Eleven. Arranje um relacionamento sem recorrer ao Facebook. Não blogue sobre isso e nem altere seu status no MSN.
- Cumprimente conhecidos na rua. Cumprimente alguns desconhecidos na rua. Compre em uma loja que não tenha website. Ao fazê-lo, tente interagir com o/a vendedor/a. Torne-se conhecido dos vendedores das lojas e supermercados que frequenta regularmente.
- Procure dedicar-se a hobbies que não requeiram o uso permanente de computadores: escultura, pintura, ciclismo, pelada com os amigos, motocross etc.
- Livre-se de todos os perfis, logins, senhas, acessos etc. que não sejam estritamente necessários para seu trabalho ou que não lhe pareçam realmente divertidos ou úteis.
- Mantenha o telefone celular desligado enquanto for possível, mas procure manter contato com as pessoas que importam em sua vida, por meio de cartas, viagens, telefonemas etc.
- Determine horários nos quais ligará o computador (exceto para trabalho) e faça saber a todos que você respeita o que se propôs a fazer. Convide seus antigos amigos virtuais para encontros pessoais e lhes fale sobre as maravilhas do mundo real.
“Determine horários nos quais ligará o computador”
Eu já fiz isso. Mas hoje não me importo mais, eu já uso a informática de forma útil.
“Leia um livro de papel.”
Livros de papel degradam mais o meio-ambiente que ebooks.
Erro detectado: em “Procure dentro de si mesmo os pensamos que levam à conexão indefinida.”, “pensamos” deveria ser “pensamentos”.