Hoje acordei mais cedo, às 8h00, graças ao fim do horário de verão. Tive tempo de dar uma caminhada pelo centro da cidade e comprar o jornal de domingo (como sempre, edição fechada às 12h00 de sábado, mas pelo menos tem os cadernos especiais com reportagens mais aprofundadas). Depois disso, toquei de carro pro sítio da família, em Itamarati de Minas.
Passei o dia conversando com meu pai sobre muitas coisas. Descobri, espantado, o quanto desaprendi a arte da conversa, o quanto estou apressado e afastado de contatos. Nem tive vontade de caminhar pelo sítio (embora, nesse caso, o sol forte e os 35° fossem um bom motivo). À noitinha retornei para casa.
Desde ontem às 17h00 eu não entro no Orkut. Deletei todas as comunidades que possuía, saí de todas de que participava, deletei dois fakes meus. Agora estou quase em paz. Vida que segue.
Nos próximos dias, aproveitando as férias, vou tentar finalmente terminar meu romance sobre a Mula Sem Cabeça, para tentar participar de um concurso literário que tá vindo por aí.
Sem Orkut, dá mais vontade ainda de postar no Blog. Hoje estou, talvez pela primeira vez, fazendo uma postagem estilo «querido diário». Mas a sensação de liberdade é muito grande.
Nenhuma outra rede social é tão viciante e tão estéril quanto o Orkut. Houve um tempo em que perdi muito tempo ali, mas agora, talvez beneficiado pelo refluxo do site, consegui de volta minha liberdade. Ali você encontra um número imenso de comunidades sem dono, de perfis abandonados. É uma verdadeira casa assombrada da Internet, uma casca vazia em comparação com o que já foi. Ficou fácil abandonar, mas a cada dia me convenço de que teria sido melhor se eu tivesse conseguido largar antes.
Queria seguir esse caminho, mas outros motivos me seguram ainda.