Falácias são erros lógicos em uma argumentação. Um argumento bem estruturado e válido precisa basear-se em elementos reais (postulados válidos) e ter uma relação clara de causa e efeito entre as premissas (as etapas do argumento) e a conclusão final. Quando, mesmo com postulados verdadeiros, a conclusão é absurda, temos um erro de lógica, a falácia.
A grande maioria das pessoas argumenta exclusivamente com base em falácias. É o que você ouve nas conversas de bar, nos debates políticos da televisão, nas conclusões a que normalmente as pessoas chegam no dia a dia. O pensamento lógico e racional é uma exceção no ser humano. Tanto o é que a reação normal a uma expressão lógica e racional é quase sempre hostil. Diga algo que faz sentido e todos em volta o verão como um “esquisito”, se sentirão ofendidos pelo seu argumento, ou meramente ficarão em silêncio e se afastarão. Pessoas que argumentam racionalmente costumam ficar isoladas. Argumentos racionais costumam ser combatidos com tochas e forcados. Coletivamente, a humanidade só segue o caminho da razão quando, mais do que ser o único caminho, é o último caminho.
Este artigo, porém, parte do pressuposto de que o leitor já saiba alguma coisa dos métodos lógicos de argumentação e que seja capaz de diagnosticar um raciocínio falacioso à primeira vista. Se não for o seu caso, é uma boa ideia dar uma olhadela no Guia de Falácias do Stephen antes de começar.
Mais do que isso, parte do pressuposto de que você já tenha lido sobre a Jornada do Herói, e que possivelmente até a adote como seu evangelho. Se não for o seu caso, Deus me perdoe por lhe apresentar ao conceito, mas aqui está um bom texto introdutório.