O velho relógio bate nove e quinze no peito
sorrindo para um piano que tocou meu lábio
como o som áspero da morte que vem perto.
Como ando provisoriamente vivo, e vivo reto,
procuro um desvio que retarde a sorte certa
que aguarda os relógios, lábios e pianos.
Quando achar um caminho errado destes,
escondo minutos da espera que não quero.
Aqui comigo nesta sombra, nesta névoa,
a ilusão feliz de que tudo ainda é e nada era.