Ao mesmo tempo oriental e desorientado
o cãozinho deu no jardim e ficou parado
pela morte que se apanha no mínimo tato.
Deram-lhe bola ou a comeu por destino.
A meia-noite chegou cedo, chegou dura
com estrelas demais e sem promessas.
Assoviaram de algum lugar no escuro,
o silêncio dos olhos empoçados
não se alterou nem de leve.
O silvo passou no ar como uma outra pedra.
Originalmente escrito em 1997. Direto do “Túnel do Tempo”