Recentemente descobri que há um mercado de resenhas pagas, no qual se cobram valores entre R$ 500 e R$ 8.000 para que algum blogueiro ou YouTuber resenhe sua obra prima e, obviamente, fale bem dela.
Eu mais ou menos sabia que o jabá é praticamente uma instituição sacra de nossa cultura, mas julgava, ingenuamente, que eram as editoras que subornavam os jornais, as revistas e as livrarias para alavancar as vendas de seus lançamentos.
Mas não imaginava que existisse um “mercado” de exploração dos autores independentes.
Hoje soube disso e tive muito, mas muito nojo.
Não basta haver editoras picaretas, há blogueiros picaretas também.
Os níveis gerais de hipocrisia ultrapassam o limite do mostrador. Há gente que cobra sob o argumento de que ninguém trabalha de graça.
E o autor independente, pode trabalhar de graça?
O autor escreve o livro, paga uma leitura beta, uma revisão, uma capa, um leiaute e uma edição (se não conquista uma editora séria). Recebe em casa seu pacote de elefantinhos brancos e sai pagando para serem aceitos e elogiados e há quem faça meio de vida do ordenhamento do ingênuo…
Paga por essa resenha acreditando que lhe acrescenta algo. Recebe falsos e insinceros elogios, que iludem a leitores ingênuos. Quando iludem.
Cada dia nasce um bobo novo no mundo, ansioso por libertar-se de seu dinheiro. São muitas as bobices que já fiz na vida. Pagar para que me elogiem não é uma delas. Isso é coisa de quem tem um sério problema com o seu ego.