Remova o ruído de sua mente,
desobstrua o horizonte azul
com a demolição do muro que o pára.
Espere que o certo se acrescente
como o inverno enviado pelo Sul.
Quando o silêncio estiver lá dentro,
a beleza brilhara cá fora
e entenderás a luz de outro jeito.
Colecione informações, guarde as peças
que montarão no fim, talvez parcialmente,
o retrato do que está além das coisas,
da flora que fulge dentro dos rochedos
que navegam pelo céu tão quietamente.
Quando estive pronto, sente-se ao luar
e deixe a poesia te assaltar sem medo.
Quando ela partir, terá levado muito
e te deixado a morna calma de um vazio
onde ecoam eras e milênios e onde está
a resposta de coisas que você
nem sabe ainda como perguntar.