> Minha última participação no desafio EntreContos (aqui repostado com algumas correções de erros percebidos após a inscrição). O tema do mês era “histórias baseadas em música” e eu o ataquei utilizando como base para um conto a letra de “Year of the Cat”, sucesso de Al Stewart em 1975. Fiz isso porque a letra, em si, já continha o embrião de uma história. > Não é um texto de que eu particularmente me orgulhe (e eu nunca o antologizarei porque tenho sérias dúvidas sobre […]
Author Archives: José Geraldo Gouvêa
Mais Coisas Para Não Fazer se Você se Tornar um Vilão Malvado
Além das Cem Coisas Para Não Fazer Se Você Se Tornar um Vilão Malvado, Peter Anspach recolheu mais de 150 outras sugestões, um pouco menos brilhantes, mas também interessantes. Esta postagem continua de onde a outra parou, acrescentando mais 86 lembretes para você que pretende dominar o mundo, ou pelo menos um reino. Não ordenarei ao meu oficial de confiança que mate o menino que está predestinado a me derrubar — eu mesmo o matarei. Não perderei tempo tentando fazer a morte de meu inimigo […]
O Derretimento Irreversível de um Passado
> O teu futuro é duvidoso > Eu vejo grana, eu vejo dor > No paraíso perigoso > Que a palma da tua mão mostrou. > — Cazuza (“Bete Balanço”) Setembro de 2014 marca o fim de um momento na história da internet, e da cultura pop como um todo: desaparece o Orkut, a primeira das redes sociais a ganhar tração e estabelecer padrões de comportamento on-line. Com o seu fim o Google está enterrando para sempre, de forma irreparável, uma série de momentos, criações […]
Ninguém Tem o Direito de Nunca Ser Ofendido
“O Romance da Universitária Otária” foi um grande sucesso da Banda Blitz nos anos 80. Falando sobre uma jovem sem rumo na vida que se envolve com um fala-mansa chamado “Abreu”, a canção incluía uma estrofe que ficou marcada para mim até hoje: “Todo mundo quer ir pro céu, mas ninguém quer morrer.” A frase foi usada para ironizar a Aparecida (a tal universitária) que escolhia cursos como quem escolhe roupas e pensava mais nos diplomas do que nos estudos. A frase também serve para […]
O Nascimento de Filipe C. Pinto
Tudo começou nos tempos do Orkut. Eu já havia utilizado alguns perfis falsos (“fakes”) para postar naquela plataforma algum conteúdo mais polêmico. Alguns desses perfis eram verdadeiramente lendários, como o “Sumo Sacerdote da Silva”, suposto líder da “Igreja Orkutista da Salvação”, e a depravada “Sofista Loura” (uma alusão a Sophia Loren), que publicou na “Novos Escritores do Brasil” um texto escatológico produzido a partir do [Bonsai Story Generator](http://www.critters.org/bonsai). Filipe C. Pinto foi o ponto culminante das minhas trollagens orkutianas. Percebendo que havia certa resistência à […]
Sobre Inveja e uma Crítica “Razoável”
Minha recente apreciação, ou melhor, “depreciação”, da obra do tal Raphael Draccon atraiu pelo menos uma contestação. Segundo certo comentarista no blog LitFanBR, que reproduzira minha postagem, a crítica que eu fiz à obra de Draccon teria sido motivada pela “inveja”, entre outras considerações. Este post não pretende desqualificar os citados comentários, mas apenas esclarecer alguns pontos levantados, em alguns casos até admitindo a validade do que o comentador pontuou. Sim, você ESTÁ com inveja dele. Seja por ele ganhar dinheiro ou pelos livros dele […]
Aventuras do Ogro em Sampa
Depois de semanas anunciando que apareceria no lançamento dos livros da Caligo Editora, vi-me gentilmente forçado pelas circunstâncias a comparecer, superando minha verdadeira paúra de cidade grande. O bugre aqui, como ninguém deve saber, é nativo da roça com orgulho, do tipo que se espanta com o burburinho de Juiz de Fora e que, em outros tempos, ao ouvir o noticiário policial das rádios Record e Globo, jurava diante da mãe que nunca poria os pés em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Mas […]
Os Jovens Johnnies, Reexplicando
Vou tentar de novo explicar minha posição sobre autores brasileiros que escrevem obras ambientadas no “estrangeiro”, porque as pessoas acham que eu, muitas vezes, a expresso de forma preconceituosa contra os novos autores. O exotismo é uma possibilidade, mas não é uma necessidade. Se você acha que vai ficar legal escrever uma obra ambientada em outro país, vá fundo. Só vai ser problema se ficar ruim. Mas se você acha que “deve” ambientar sua história em outro país por algum motivo, então aí tem alguma […]
Desafio Entre Contos: Bruxas
Este mês o desafio de ficção promovido pelo site EntreContos me atraiu muito, por se tratar de um tema que sempre me fascinou: bruxas. Tão excitado eu fiquei que logo parti a escrever e, quando dei por mim, construíra “A Virgem do Sabá“, baseado em uma sinopse deixada por Clark Ashton-Smith. Infelizmente esta história ficou longa demais para o desafio e tive de escrever outra! Da segunda vez, mantive a inspiração no mesmo universo ficcional (de Lovecraft, Ashton-Smith e outros) e recorri temas extraídos de […]
A Perdição do Homem (Beatrix e Jeannelynne)
“Ó amiga e companheira da noite, ó tu que te regozijas no ladrar dos cães e no sangue derramado, que perambulas por entre as sombras entre as tumbas e trazes terror aos mortais! Gorgo! Mormo! Lua de mil faces, contempla favoravelmente os nossos sacrifícios”― H. P. Lovecraft (em “O Horror em Red Hook”) A porta se fechou e Beatrix suspirou o temporário alívio da primeira noite. Mas não se recostou para dormir, sabia-o impossível. Como recostar a cabeça em um travesseiro antecipando que o segundo […]