O mercado editorial brasileiro se caracteriza, desde há muito, pelo seu conservadorismo. Não me refiro aqui que o mercado seja avesso ao novo, mas que ele seja fechado a questionamentos. Existe uma estrutura de poder, e o autor brasileiro, se quiser chegar à notoriedade, precisa de abdicar de liberdades que deveriam ser essenciais à arte. O establishment literário precisa se proteger de questionamentos, precisa desqualificar quem questiona, precisa infantilizar o discurso desviante. E como ele não ousa fazer isso pela boca de seus membros mais […]