Todos os céticos estão acostumados a arrancar cabelos quando ouvem pseudo-ciências sendo, sem mais nem menos, apresentadas como a “verdadeira resposta” para problemas que a ciência não responde ou, pior, práticas de curandeirismo sendo vendidas, e caro, como a cura para males para os quais a medicina convencional não tem remédio. Nada mais injusto.
Particularmente me fascina a medicina tradicional chinesa e suas práticas, como do-in, acupuntura, herbalismo e remédios bruxos fascinantes como chifre de rinoceronte negro, pênis de baleia, ou simplesmente qualquer pedaço do corpo de qualquer animal que esteja em extinção ou seja asqueroso (de preferência uma combinação dos dois). Outra medicina tradicional que me fascina também é a indiana, ou “ayurvédica”, mas esta está menos obcecada com afrodisíacos (aparentemente, o chinês típico fica mais excitado com a ideia de estar contribuindo com a extinção de algum animal exótico que olhando para uma chinesa).
Ambos os sistemas têm seus fascinantes e exóticos tratados milenares, que prescrevem remédios tidos como obsoletos pelos médicos salafrários que não querem curar, mas manter o tratamento.
Mas para aqueles que acham que são essas as suas duas únicas opções, preparem-se! Pois há também a esquecida, desvalorizada e não tão exótica, medicina tradicional europeia.
Também ela tem seus tratados milenares (Hipócrates, Celso, Galeno, Paracelso). Também ela tem seus remédios mal vistos pelos médicos “padrão” (chás, mezinhas, xaropes, simpatias, amuletos). Também ela tem suas práticas controversas (sanguessugas, sangrias, trepanação, sinapismo).
Sem falar na sua filha mais famosa e recente, a homeopatia, única ciência alternativa que conseguiu impor um termo pejorativo ao uso comum em relação a um ramo da ciência: alopatia.
Então o que está esperando, amigo holístico, ayurvédico, fascinado por meridianos, kundalini, moxabustão e quiropráxia? Por que não experimenta também o poder da tradicional medicina europeia?
À disposição, em versão básica, com a curandeira mais próxima de você, graças à nossa colonização portuguesa. Vamos valorizar.