Publicado em: 29/08/2010
É preciso ter a ingenuidade que a
ignorância permite.
Só assim é possível a coragem de falar certas coisas
que, mesmo necessárias,
seguiriam caladas na boca do sábio que as conhece
ditas pelas bocas falantes dos tolos.
Lá fora brilha um sol de versos e de flores
e os sorrisos denunciam que morreu o inverno.
Outro poema aberto jaz diante dos autores
E ninguém consegue trazê-lo à terra com certeza.
Porque esse poema ecoa outro poema que nasceu de outro
numa genealogia infinita de palavras que concordam.
Nossa ambição do novo nos impede o prazer do óbvio:
o prazer de fazer ainda parte do que existe.
Não, não pode, na mente emaranhada do poeta
caber tanto conhecimento que não sobre
ignorância que se possa preencher com fantasia.
Só assim é possível a coragem de falar certas coisas
que, mesmo necessárias,
seguiriam caladas na boca do sábio que as conhece
ditas pelas bocas falantes dos tolos.
Lá fora brilha um sol de versos e de flores
e os sorrisos denunciam que morreu o inverno.
Outro poema aberto jaz diante dos autores
E ninguém consegue trazê-lo à terra com certeza.
Porque esse poema ecoa outro poema que nasceu de outro
numa genealogia infinita de palavras que concordam.
Nossa ambição do novo nos impede o prazer do óbvio:
o prazer de fazer ainda parte do que existe.
Não, não pode, na mente emaranhada do poeta
caber tanto conhecimento que não sobre
ignorância que se possa preencher com fantasia.
Os sábios perceberam já
e pararam de falar.
e pararam de falar.
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poesia