Quando eu comecei a escrever o romance “Praia do Sossego” eu nem sabia que havia um lugar com esse nome, apenas imaginei que existiria e tratei de escrever a história de alguém em busca de paz que acabava indo para lá. Então um belo dia a minha então namorada me disse que uma amiga dela tinha uma casa em um lugar que tinha exatamente esse nome. Tive de ir lá, não apenas para passar uma semana sozinho e namorando à beira-mar, mas também para conhecer o lugar de nome tão mágico, a respeito do qual eu estava escrevendo o que, na época, eu ainda chamava de “romance espírita com pretensões artísticas” (não, amigo leitor, para o bem ou para o mal, a obra que finalmente publiquei não é uma obra espírita).
Voltei mais três vezes à Praia do Sossego real. Mais uma vez com a mesma namorada, meses depois. Uma vez com amigos, em uma excursão desastrosa. E uma vez com a minha esposa, meu irmão, minha cunhada e minhas filhas, desta vez um dos melhores passeios que fiz na vida. Além destas visitas físicas, foram incontáveis as visitas imaginárias, nas quais vivi ou revivi acontecimentos (reais ou imaginários) que foram incorporados ao romance (não, amigo leitor, não é um romance nem remotamente autobiográfico, embora duas das cenas nele narradas sejam baseadas em coisas que aconteceram, respectivamente, comigo e com uma outra ex-namorada).
Agora que o romance está saindo, imagino que as pessoas que vivem na verdadeira Praia do Sossego (e/ou arredores) gostarão de saber que meu livro realmente se refere à sua cidade. E quem não conhece, talvez queira conhecer por conta da obra. Então, em consideração ao povo hospitaleiro de lá, eu revelo a localização de minha história.
Praia do Sossego é uma das praias do município fluminense de São Francisco de Itabapoana, mais especificamente uma que se localiza no distrito de Santa Clara, ao lado de um canal que separa este distrito de um outro, chamado Guaxindiba. Você pode ver Praia do Sossego no Google Maps aqui.