…assim começa um famoso raciocínio de Rui Barbosa, parte de um de seus perfeitos discursos. Feliz era o Brasil no tempo em que os políticos de seu Congresso ainda encontravam tempo para redigir discursos.
Mas não quero falar de Rui Barbosa e nem de nulidades, apenas mencionar como, tantas vezes, procuramos justamente aquilo que nos faz mal. Eu poderia estar feliz hoje, poderia estar tinindo de alegria com os contatos que fiz ontem no Festival Literário de Cataguases, poderia estar comentando sobre elogios e críticas que recebi, de amizades novas que surgiram, de convites que vêm por aí.
Mas acabei caindo na besteira de seguir a insistência de um amigo virtual e dei uma reativada no meu Orkut, que eu havia DELETADO meses atrás.
Não sei o que foi que me deu. Não sei o que eu esperava ver de bom naquela fossa de vaidades humanas em fúria, naquela rinha de egos marombados. Sei que justamente vi apenas aquilo que me fizera sair de lá.
Para piorar as coisas eu ainda caí na besteira de começar a escrever uma postagem diretamente no Blogger, confiando que seria mais seguro, visto que ele parece «salvar» o texto a cada vinte segundos. E então o meu computador travou e quando consegui reiniciar perdera tudo! Aparentemente o Blogger só salva quando não precisa. Bom saber que a partir de agora devo confiar somente no LibreOffice para estas finalidades.
Mas resumindo estas ruminâncias de sábado, digo que muitas vezes vemos o triunfo das nulidades, e das anulações, como a de meu texto, porque justamente procuramos ver.
Eu poderia não ter reativado o Orkut, eu poderia estar datilografando o que escrevo, ou fazendo num caderno, como nos meus tempos de escola. Mas me expus a ver o que não gostaria de ver, a perder o que poderia escrever.
Tenho muito que aprender com a vida ainda, entre estas muitas coisa que me falta saber está a perspicácia de evitar as nulidades, pois a companhia delas pode até não me afetar negativamente, mas afeta-as positivamente. Digamos que estar em certas companhias é melhor para o currículo alheio do que para o meu.