Publicado em: 14/06/2012
O velho relógio bate nove e quinze no
peito
sorrindo para um piano que tocou meu lábio
como o som áspero da morte que vem perto.
sorrindo para um piano que tocou meu lábio
como o som áspero da morte que vem perto.
Como ando provisoriamente vivo, e vivo
reto,
procuro um desvio que retarde a sorte certa
que aguarda os relógios, lábios e pianos.
procuro um desvio que retarde a sorte certa
que aguarda os relógios, lábios e pianos.
Quando achar um caminho errado
destes,
escondo minutos da espera que não quero.
escondo minutos da espera que não quero.
Aqui comigo nesta sombra, nesta
névoa,
a ilusão feliz de que tudo ainda é e nada era.
a ilusão feliz de que tudo ainda é e nada era.
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poesia