As postagens da série “Aforismas” contém pequenos trechos de opiniões supostamente “espirituosas” (eu suponho) publicados nas redes sociais e que não merecem artigos individuais no blog.
Acho essencial ser a voz do contraponto, às vezes, bancar o advogado do diabo. Porque certos debates tendem a ser uma salva de palmas para as ideias da maioria.
Pombo Enxadrista, que nada, no Facebook a gente encontra o deabatedor “Macaco Tião”.
O problema com a analogia do relógio é que ela só explica relógios. Aliás, o problema com a analogia é que a imensa maioria das pessoas não sabe empregar analogias, e nem interpretá-las.
Entrevistador arrojado é o Faustão: Ele pergunta, ele mesmo responde, ele mesmo replica e o entrevistado fica só tentando interromper.
O problema com os que não querem resolver NENHUM problema é que eles acham que qualquer tentativa de resolver UM problema é inválida porque ela não resolve TODOS os problemas.
Embora eu tenha uma aguda percepção de que a música e os costumes andaram piorando muito, procuro manter certo controle sobre essas minhas impressões, para não ter que concluir que bom mesmo era no Paleolítico.
Se a ABL não for túmulo da literatura nacional, é pelo menos o velório.
Espanta-me as pessoas terem opinião formada sobre assuntos sobre os quais nunca estudaram e, quando as convidamos a confrontar sua opinião com a realidade, elas simplesmente recusam. Espanta-me muito esse irracionalismo, que não é raro e nunca foi. O que é recente é os irracionais agirem em bando com tanta desenvoltura. Durante muito tempo foi “chique” pensar racionalmente. Hoje qualquer tentativa de pensamento analítico tem que ser exercitada com cautela, “com licença”, “espero não ofender ninguém.”
Democracia se faz com eleições e plebiscitos, não com multidões.
Há dias em que eu me acho mal informado, mas então fico sabendo que tem gente que acha que Abraham Lincoln era um direitista e que a KKK original era um movimento popular de esquerda.
Estou aqui analisando o piti que o Paulo Coelho deu sobre a Feira de Frankfurt. Abismado com a infantilidade da reação dele diante de algo que é óbvio e que ele já deveria ter percebido: autores de best-sellers não são e não podem ser considerados pela academia no mesmo patamar dos autores de “grande literatura” (seja lá o que isso for). Autores de best-sellers nunca ganharão um Nobel, em troca vendem milhões e compram lanchas para pescar no fim de semana. Parece justo.
Você sabe que seu governo é um desastre quando, mesmo sendo democrático, você consegue ser comparado com uma ditadura cruel. Você sabe que uma instituição se tornou anacrônica e precisa ser extinta quando ela não consegue mais exercer sua função sem oprimir.
Não é o puro amor pela verdade que deve nos guiar: há verdades que ofendem, mas não melhoram o mundo.
O mundo é grande e desafiador. Você pode abraçar sua complexidade, amar seu enigma, dançar entre suas instabilidades… Ou pode querer um tabuleiro de xadrez, com casas pretas e casas brancas, com movimentos preestabelecidos e objetivos claros.