Três homens das cavernas estavam descansando na porta da caverna à tarde depois de se empaturrarem de carne de mamute, manteiga de leite de camela e algumas frutas silvestres. De repente um raio atingiu uma árvore próxima e ela começou a queimar.
O primeiro deles correu para dentro da caverna e começou a gritar que os espíritos haviam decidido destruir o mundo e que era preciso apaziguá-los. As mulheres, as crianças e os tolos acreditaram nele e levaram um filhote de javali para ser queimado no fogo da árvore. Alguns resmungaram que era um desperdício de comida — mas foram logo calados a pontapés e urros.
O segundo não teve medo. Antes mesmo de o javali chegar, foi até a árvore, pegou um galho em chamas e botou fogo com ele em outro arbusto. Ele entendeu, então que o fogo era algo tão natural quanto a água, o vento ou o peido. Deu uma gargalhada e disse para os demais: “não temam, é só uma coisa da natureza e pode ser bom para nós!”.
Os seguidores do primeiro ficaram ofendidos e insultados e o apedrejaram.
O terceiro homem das cavernas, que tinha estado observando tudo, pegou outro galho em chamas e com ele ameaçou queimar todo mundo. Os outros hominídeos ficaram com medo dele porque ele controlava o Fogo e o obedeceram. Depois disso ele fez uma aliança com o líder do sacrifício do javali e juntos surgiram o primeiro chefe e o primeiro pajé.
Depois que o fogo apagou o povo da caverna começou a murmurar e teriam acabado matando os dois, mas houve um incêndio na savana, os dois aproveitaram e pegaram mais um pouco de fogo e tiveram o cuidado de manter queimando uma fogueira em um lugar especial, no alto de uma montanha. Assim surgiu o primeiro templo.
Demorou mais ou menos 235.000 anos para aparecer outro cientista.