Publicado em: 26/08/2010
O poema nasce, às vezes,
como uma necessidade dos dedos.
O toque deles contra as teclas,
o prazer de ver as palavras
formarem-se das letras,
tornarem-se negras
e deitarem-se na página.
A frustração de retornar a apagar,
o apego apertado de saber
que o cursor retorna implacável
condeno o erro a não ter havido.
E aquele eterno temor de talvez haver
algum perigo à espreita
que destrua o arquivo,
que delete inapelavelmente
o esforço despencado em um verso.
O poema, às vezes, nasce
uma necessidade do medo.
como uma necessidade dos dedos.
O toque deles contra as teclas,
o prazer de ver as palavras
formarem-se das letras,
tornarem-se negras
e deitarem-se na página.
A frustração de retornar a apagar,
o apego apertado de saber
que o cursor retorna implacável
condeno o erro a não ter havido.
E aquele eterno temor de talvez haver
algum perigo à espreita
que destrua o arquivo,
que delete inapelavelmente
o esforço despencado em um verso.
O poema, às vezes, nasce
uma necessidade do medo.
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