Publicado em: 01/09/2010
Uma lua aveludada
acarinha minha solidão
e amortece mais o som
cavado e longínquo
da sinceridade em meu coração
e respiramos em silêncio
a luz anêmona, esta luz-feitiço
que reveste a noite de um
pensamento iníquo1
você trouxe uma taça de licor
quando entrou
e dominou meus pensamentos,
palavras, atos e omissões
a noite depois se dobrou
e vento bateu nas janelas
e derrubou o livro pelo chão
corujas piaram na escuridão,
o vago e incriado Exterior,
contamos os minutos no relógio
ouvindo os curiangos no terreiro
e mugiram as vacas
atrapalhando a manhã nascente
passou a hora incrível,
passou a luminosa idade,
mas estamos aqui
neste exercício de humanidade
tentando que o frio orvalho não nos dome,
tentando crer não ser verdade
que habitamos este imenso pasto vago
onde vagueiam vacas loucas
acarinha minha solidão
e amortece mais o som
cavado e longínquo
da sinceridade em meu coração
e respiramos em silêncio
a luz anêmona, esta luz-feitiço
que reveste a noite de um
pensamento iníquo1
você trouxe uma taça de licor
quando entrou
e dominou meus pensamentos,
palavras, atos e omissões
a noite depois se dobrou
e vento bateu nas janelas
e derrubou o livro pelo chão
corujas piaram na escuridão,
o vago e incriado Exterior,
contamos os minutos no relógio
ouvindo os curiangos no terreiro
e mugiram as vacas
atrapalhando a manhã nascente
passou a hora incrível,
passou a luminosa idade,
mas estamos aqui
neste exercício de humanidade
tentando que o frio orvalho não nos dome,
tentando crer não ser verdade
que habitamos este imenso pasto vago
onde vagueiam vacas loucas
Escrito em algum momento entre 2002 e 2003, este foi sempre um dos poemas que eu mantive em todos os meus blogs, sites e perfis sociais. Acredito que muita gente já o deve ter baixado, em várias de suas versões.↩︎
Arquivado em:
poesia