Sempre que um político disser que vai “cortar na carne”, fuja, inocente! A carne que ele vai cortar não é a dele, ó mané!
O mundo está cheio de autores que seguem a pista do que o público quer. Todos eles “existem” e estão “bem”, na medida do possível. Mas de vez em quando surge um que oferece ao público aquilo que ele não sabia que queria.
Paulo Coelho tem sorte: se estivesse começando hoje precisaria se chamar Paul Rabbit para ser lido pelos jovens.
Psiquiatras me esclareçam: Ouvir a “voz do mercado” é um tipo de esquizofrenia paranóide?
A suprema preguiça é a de ser aquilo que se é.
Uma das razões para a lenda corrente de que o inglês tem um vocabulário mais preciso que o do português é que a maioria dos nossos jovens tem a profundidade de um pires. O caso é tão grave que, para a maioria das palavras de uso corrente em inglês, tudo o que temos para traduzir são “arcaísmos”. Nosso vocabulário entrou em desuso. Os tradutores não o recuperam: preferem recorrer a paráfrases, o que leva a outra lenda, a de que o português é mais verboso do que o inglês.
Estatísticas comprovam: 99% dos brasileiros que empregam a metáfora “bola de neve” fizeram uma bolinha de papel higiênico “Neve” e esse foi o único contato que jamais tiveram com o conceito.
Encontrei uns tabletinhos de chocolate dentro do armário e resolvi sair do regime. Abri um deles, parecia ser um chocolate ao leite desses baratinhos, mas a consistência era durinha. Como já não confio nos meus olhos, confiei no tato. Pus gulosamente na boca, olhando para os lados para ver se minha mulher não estava vendo e logo cuspi fora, decepcionado com o sabor intragável de um tabletinho de caldo de carne.
Meus olhos me traíram hoje de novo. Estava com uma bruta azia e fui chupar um comprimido de gastrol. Peguei a cartela errada e quando dei por mim, estava mordendo um comprimido de Novalgina 1g. Estou cuspindo amargo até agora.